O que fazer quando temos baixa libido na mulher?

A sexualidade da mulher, apesar de avanços em direção à liberdade nas últimas décadas, ainda é marcada por diversas disfunções, como a baixa libido. Este artigo busca listar as principais causas da baixa libido na mulher e esclarecer o psicodiagnóstico de Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino.
Causas da baixa libido na mulher
Como se trata de um problema complexo com múltiplas causas, a avaliação deve ser individualizada, levando em consideração os fatores físicos, psicológicos e sociais envolvidos na baixa libido de cada mulher. Aqui estão listadas as principais causas de libido baixa em mulheres:
Fatores Físicos:
Alterações hormonais: Uso de anticoncepcionais hormonais, gestação, puerpério, amamentação, climatério, menopausa e alterações hormonais relacionadas a doenças podem afetar a libido e a resposta sexual.
Condições médicas: Doenças como endometriose, câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e outras podem causar disfunções sexuais.
Cirurgias: Cirurgias podem afetar a autoimagem e a função sexual, como por exemplo: mastectomia, histerectomia e colostomia, dentre outras.
Obesidade e sobrepeso: Aumento da circunferência abdominal e excesso de peso podem diminuir o desejo sexual e causar dor durante a relação.
Envelhecimento: O envelhecimento natural e as mudanças hormonais da perimenopausa podem influenciar a função sexual.
Estilo de vida: Sedentarismo, indisposição, má alimentação, rotina irregular e déficit de sono prejudicam a libido da mulher.
Fatores Psicológicos:

Autoimagem corporal: A insatisfação com o corpo e com a região genital pode levar à diminuição da libido na mulher.
Estresse e ansiedade: Níveis elevados de cansaço, estresse e ansiedade podem afetar a libido e o desempenho sexual.
Depressão: A depressão está fortemente associada à disfunção sexual, diminuindo o desejo e o prazer.
Traumas: Experiências traumáticas, como abuso sexual, vínculos traumáticos ou violência doméstica, podem causar disfunções sexuais na mulher a longo prazo.
Falta de conhecimento: A falta de conhecimento sobre sexualidade, anatomia e fisiologia pode levar à inibição e ao medo.
Medos: Medo de engravidar, medo de contrair infecções sexualmente transmissíveis e medo de ser mal avaliada pelo parceiro são fontes frequentes de prejuízo na libido.
Fatores Sociais e Culturais:
Pressões sociais: A busca por padrões de beleza irrealistas e a pressão para se encaixar em determinados papéis de gênero podem afetar a autoestima e a sexualidade feminina.
Relacionamentos: Problemas conjugais, falta de comunicação, falta de habilidade sexual do parceiro e insatisfação no relacionamento podem levar à diminuição da libido da mulher.
Experiências anteriores: Experiências sexuais negativas ou dolorosas podem causar traumas e dificuldades em futuras relações sexuais.
Uso de substâncias psicoativas: Abuso de álcool, medicamentos e outras drogas pode afetar a libido feminina.
Em resumo, diversos fatores, desde biológicos até sociais e culturais, podem influenciar a sexualidade feminina e levar ao desenvolvimento de disfunções sexuais. É importante buscar ajuda profissional para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino (TIES)
A ausência ou diminuição significativa do desejo sexual (baixa libido) é o principal sintoma do Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino (TIES). Essa condição causa sofrimento e pode afetar a qualidade de vida da mulher.
Sintomas e Diagnóstico:
Falta de interesse: A mulher não sente desejo por atividade sexual, não se excita com estímulos sexuais e não tem iniciativa sexual.
Sofrimento: A condição causa sofrimento emocional e pode afetar o relacionamento com o parceiro.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito com base nos critérios do DSM-5, considerando a história médica, sexual e psicológica da paciente.
Causas:
Fatores físicos: Condições médicas, uso de medicamentos, alterações hormonais e dor durante a relação sexual podem contribuir para o TIES.
Fatores psicológicos: Depressão, ansiedade, estresse e traumas podem afetar o desejo sexual.
Fatores relacionais: Problemas de comunicação no relacionamento, insatisfação com o parceiro e expectativas irrealistas podem influenciar o desejo.
Tratamento:
Abordagem psicossocial: Combina terapia sexual e mudanças no estilo de vida.
Educação sexual: Aumentar o conhecimento sobre sexualidade e a resposta sexual feminina.
Psicoterapia individual e/ou terapia de casal: Trabalhar questões emocionais e comportamentais relacionadas ao desejo sexual.
Mudanças no estilo de vida: Reduzir o estresse, praticar atividades físicas e melhorar a qualidade do sono.
Assexualidade x baixa libido
A principal diferença entre o desejo sexual hipoativo (baixa libido) e a assexualidade reside no sofrimento psicológico.
Desejo sexual hipoativo: Caracteriza-se pela falta de interesse por sexo, mas acompanhada de sofrimento por parte da pessoa.
Assexualidade: Também se caracteriza pela falta de interesse por sexo, mas sem o acompanhamento de sofrimento. A pessoa assexual não sente a necessidade de ter relações sexuais e não vê isso como um problema.
Baixa libido na mulher: reflexões
A sexualidade feminina é influenciada por diversas fases da vida, como adolescência, adultez, gestação, puerpério, amamentação e menopausa, e por eventos traumáticos, como violência, luto, doenças e cirurgias. Além disso, fatores como insatisfação corporal, sobrepeso, deficiências, relacionamentos abusivos e condições de saúde mental, como depressão e ansiedade, também impactam significativamente a resposta sexual.
A falta de desejo sexual em mulheres pode estar relacionada a uma série de estressores, medicamentos e condições médicas, o que dificulta o diagnóstico de Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino em muitos casos. É comum que mulheres mantenham relações sexuais, mesmo sem desejo, por diversos motivos, como a manutenção do relacionamento, o que não é benéfico.
A falta de conhecimento sobre sexualidade e a exploração do próprio corpo também são barreiras para uma vida sexual satisfatória. É importante que a mulher busque informações sobre sexualidade, conheça seu corpo e identifique o que gera e o que não gera prazer.
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Psicóloga Lucelena Batista Grillo Prado
Psicóloga Clínica Comportamental
CRP 06/47994
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